Rio - O autoritarismo do presidente eleito do Vasco, Eurico Miranda, faz escola em São Januário. Aluno nota 10, o supervisor Isaías Tinoco abusou da arrogância ao decretar novamente a lei da mordaça: os jogadores estão proibidos de falar com a imprensa até por telefone.
Insatisfeito com o assédio após o treino da manhã, no campo do São Cristóvão, o supervisor baixou a norma ainda dentro do ônibus e adotou a medida de fortalecer a segurança para o treino da tarde.
O brincalhão Joel Santana se limitou a soltar um sorriso e abrir os braços. Já o meia Paulo Miranda balbuciou algumas palavras: “Não podemos falar”.
Avisado da proibição por telefone, Romário manteve o respeito às ordens superiores. “Ordens são ordens. Isso não é bom para ninguém”, disse.
O cerceamento ao trabalho da imprensa, no entanto, serviu para mostrar a expansão do feudo de Eurico Miranda. O presidente do São Cristóvão, Paulinho de Almeida, entregou as dependências do seu clube à truculência dos funcionários vascaínos.
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