São Paulo - O presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), Lamine Diack, lembrou de Adhemar Ferreira da Silva como ``um dos maiores atletas já produzidos pelo Brasil''.
Adhemar morreu nesta sexta-feira em São Paulo, aos 73 anos de idade, em decorrência de uma parada cardíaca decorrente de uma broncopneumonia.
``Ele não só foi um atleta maravilhoso, mas também um homem muito bondoso e fascinante, que deu um grande prestígio para seu país e para o nosso esporte'', disse Diack segundo o site oficial da Iaaf.
Adhemar foi o único brasileiro que conquistou medalhas de ouro em duas Olimpíadas consecutivas. As vitórias no salto triplo vieram nos Jogos de Helsinque, em 1952, e de Melbourne, em 1956.
Para Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o ``Brasil perde a força do caráter de nosso único bicampeão olímpico''.
``Adhemar sempre dignificou o nome do esporte brasileiro pelo mundo. Junto a seu imenso talento, proporcional à distância alcançada por seus saltos, o bicampeão sempre fez questão de colocar a elegância e a educação como virtudes fundamentais a um atleta de alto nível'', disse Nuzman em comunicado.
Nuzman vai representar o COB no enterro do ex-recordista mundial, que acontecerá no sábado, no Cemitério Chora Menino, em Santana, zona norte de São Paulo.