Recife - O enredo não poderia ser mais dramático. No ano que marca o centenário do Náutico, os alvirrubros correm o risco de ver o Sport alcançar o hexacampeonato, igualando a marca que se tornou o maior orgulho da torcida timbu. Somando-se tudo isso aos 11 anos sem títulos, a pressão da torcida sobre os jogadores em relação à disputa do primeiro Campeonato Pernambucano do milênio já pode ser sentida antes mesmo do primeiro apito.
Durante os primeiros treinos, a maior preocupação do técnico Júlio Espinosa foi desenvolver o entrosamento entre os jogadores. Afinal, do atual elenco de 18 atletas (sem contar os três que serão promovidos dos juniores), apenas sete vestiram a camisa alvirrubra ano passado. Para o Estadual, o Náutico contratou um time inteiro. Trouxe o goleiro Ronaldo, o lateral Rafael, os zagueiros André Turatto, Lúcio e Otacílio, o volante Adílson, os meias Clayton, Dorgival e Marcelo Passos e o atacante Kuki.
Além deste grupo, o clube testou, durante a primeira semana do ano, outros onze jogadores, mas nenhum foi aprovado pelo técnico Espinosa. Depois da saída do zagueiro Alex Pinho e do lateral Paulo César para o Santa Cruz, o Náutico tratou de segurar os outros jogadores do clube. O time tem hoje o goleiro Gilberto, o lateral-direito Carlinhos, o volante Fábio e os atacantes Alex Olinda e Júnior, veteranos da última temporada.
Ao contrário dos outros anos, o Náutico está apostando alto nos frutos de suas categorias de base. A maior promessa nos Aflitos atualmente é o garoto Galba, de 17 anos.
Defendendo o time juvenil do Náutico, convocado para servir de sparring dos profissionais porque os juniores estavam disputando a Copa São Paulo, Galba chamou a atenção de Espinosa e garantiu a chance de subir ao elenco principal. Além dele, o Náutico conta ainda com Fabiano, Rodolfo, que estava no grupo da Copa São Paulo, e com mais dois atletas dos juniores.