São Paulo - Highlander, o Guerreiro Imortal, personagem eternizado pelo ator francês Christophe Lambert, pode, guardadas as devidas proporções, servir como paralelo para a carreira do cabeça-de-área Gallo. Aos 33 anos, o jogador será apresentado hoje de manhã, no Parque São Jorge, como mais novo reforço para a temporada 2001.
Mesmo depois de conquistar o bicampeonato mineiro pelo Atlético (em 99 e 2000), como capitão da equipe, Gallo estava esquecido na reserva e acabou sendo trocado pelo lateral-esquerdo Edson e pelo também cabeça-de-área Romeu.
O jogador pode não ser o reforço que a Fiel esperava para voltar a disputar títulos, mas será de grande valia para o Corinthians do técnico Darío Pereyra. Segundo o vice-presidente corintiano, Roque Citadini, o treinador foi o responsável por indicar e pedir a contratação.
“Darío gosta do Gallo. Acha que ele é um jogador bom para o grupo. Não arruma encrenca, é trabalhador e vai ajudar a unir o elenco”, tenta justificar o dirigente, pressionado pela torcida, que já não recebeu com bons olhos as contratações de Otacílio e Gléguer, ambos do Guarani.
Jogador que vai ajudar o treinador a controlar o turbilhão que é o Corinthians, Gallo enfrentará resistência dos críticos. Aos 25 anos, quando chegou ao Santos, ganhou o rótulo de violento.
Atingiu o auge da carreira três anos depois, ao disputar a fatídica (para os santistas) final do Brasileiro de 95 contra o Botafogo. Derrotado, o time do Peixe foi desfeito e Gallo acabou na Portuguesa. Coincidência ou não, levou a Lusa à sua primeira final de Brasileiro (contra o Grêmio de Felipão). Detalhe: na maioria dos clubes pelos quais passou, foi escalado como capitão. É um líder nato.
No Parque São Jorge, terá de driblar a desconfiança de quem não acredita em jogador com 33 anos.