São Paulo - Pode ser solução e também problema. A Portuguesa tem sete jogadores de ataque para disputar o Paulistão. O número de opções é maior, assim como a chance de brigas internas, pois apenas dois jogadores, ou no máximo três, vão iniciar as partidas. Renê Simões encara o fato pelos dois pontos de vista.
“É um problema. Mas todo problema tem que ter uma solução. É melhor ter um Mercedes e um BMW para escolher do que um Fusquinha. O grupo está excelente”, disse o técnico da Portuguesa.
E as escolhas já começaram a ser feitas. No jogo-treino contra a Portuguesa Santista, no sábado, Renê Simões escalou três atacantes: Hernani, Cléber e Lúcio. Resultado: vitória da Lusa por 3 a 1.
O mais experiente do grupo ofensivo é Lúcio, titular absoluto na Copa João Havelange (cinco gols marcados), que prevê benefícios para a Portuguesa. “A briga vai ser boa, de alta qualidade. Vamos ganhar com isso. Mas o que importa é o futebol mostrado dentro de campo e não só a experiência”, diz Lúcio.
Se as escolhas do técnico se basearem no momento, bom para os jovens, que querem mostrar serviço. “É sempre bom ter grande jogadores na posição. Todos vão querer sempre estar bem. E vamos sempre conversando com os mais experientes para ganhar tranqüilidade e malandragem”, explica Edson Araújo, revelação lusa na Copa JH.
Todos garantem que a disputa elas vagas será limpa. Mas o recém-contratado Hernani conta com um aumento de cobrança. “A luta vai fazer com que os atacantes tenham uma responsabilidade maior. A torcida vai esperar mais”.