Belo Horizonte - Antes que a confusão se tornasse ainda maior, dois xarás do Atlético resolveram - de maneira nem tão democrática assim - facilitar a vida dos companheiros. E da imprensa também. Ao escalar a equipe, agora, o zagueiro é Alexandre Souza e o meia, recém-contratado, é apenas Alexandre. E o primeiro teste oficial vai ser assim amanhã, na partida contra o Atlético/PR, pela Copa Sul-Minas, no Mineirão.
Foi durante um treinamento na pré-temporada em Itaúna que surgiu a necessidade de se identificar os jogadores pelo sobrenome. O zagueiro Alexandre - agora, Alexandre Souza -, contou que era uma verdadeira confusão na hora que o goleiro Velloso passava instruções. “Ele gritava Alexandre e os dois olhavam", lembrou.
A definição, completamente antidemocrática, partiu do Alexandre que joga no meio-campo, que chegou ao clube na semana passada, depois de envolvido em troca por Hernani. “Eu sou o Alexandre. E só. Sempre foi assim, nunca coloquei meu sobrenome ou usei apelido por causa de um xará", informou o jogador.
Ele contou que em 98 foi contratado pela Portuguesa e, quando chegou ao novo clube, já havia um Alexandre, que jogava na lateral-direita. Nem mesmo sendo recém-integrado ao clube - como está acontecendo agora - o fez incluir o sobrenome ou utilizar um apelido. “O outro acabou sendo chamado de Alexandre Chagas. Sempre o que chega tem a preferência", assegurou, sem nenhuma modéstia.
Já o Alexandre Souza, o zagueiro, não se lembra de ter vivido situação semelhante em sua carreira. Sempre foi chamado pelo primeiro nome. Mas acabou tendo que concordar em dar a preferência ao novo companheiro depois que descobriu o sobrenome dele. “O quê? Ele chama Alexandre Lindo? Ah, então não ia dar mesmo não, porque de lindo ele não tem nada. Fica melhor assim, eu Alexandre Souza e ele Alexandre", zombou. O meia contratado junto à Portuguesa se chama José Alexandre Alves Lindo. Já o nome completo do zagueiro, que se integrou ao grupo no ano passado, é Alexandre Pereira de Souza.