Rio - Supostas irregularidades na administração
da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), entre
abril de 1993 e janeiro de 1995, podem render punições a dois ex-presidentes
da entidade, que, entre outras coisas, zela pelo Estádio do Maracanã. Jorge
Picciani e Jorge Luiz Ribeiro estão sendo investigados pela Delegacia de
Polícia Fazendária por crime contra a administração pública.
Picciani foi presidente da Suderj entre 19 de abril de 93 e 29 de
março de 94, enquanto Ribeiro ocupou o cargo entre 30 de março de 94 e 1º de
janeiro de 95. Também estão sendo investigados Enoque Lima, que foi
vice-presidente de Ribeiro, e Jack London, então secretário estadual de
esportes e lazer.
O inquérito contra os quatro foi instaurado em 1996. Segundo a
delegada Marta Cavalliere, que assumiu o caso recentemente, tudo indica que
as apurações mostrarão diversas irregularidades, sobretudo em contratos de
empresas que venceram licitações.
“Estou estudando o caso, mas já vi indícios que comprometem a
administração da Suderj no período. Preciso de um tempo para apurar melhor o
inquérito e tomar uma posição”, disse a delegada.
A Delegacia Fazendária deve concluir as investigações dentro de, no
máximo, 30 dias. Os quatro indiciados podem ter o sigilo bancário quebrado,
assim como as empresas que ganharam licitações supostamente irregulares.
Picciani, Ribeiro, Lima e London também podem ter a prisão preventiva pedida
pela delegada.
Depois das duas administrações suspeitas de irregularidades, a
Suderj foi presidida por Raul Raposo, que antecedeu a Francisco de Carvalho,
ainda no cargo. De acordo com Marta Cavalliere, a delegacia não encontrou
indícios de fraudes nas duas gestões.