Rio - A seleção brasileira de futebol sub-20, que disputa no Equador o Campeonato Sul-Americano da categoria, deve ter mais calma para evitar a atual média de dois cartões vermelhos por partida, segundo orientou nesta terça-feira o supervisor das divisões de base da CBF, Nílson Gonçalves.
O dirigente disse à imprensa que telefonou nesta terça-feira para o técnico da equipe, Carlos César, para pedir que transmita aos jovens jogadores a necessidade de manter a calma e cometer menos infrações violentas em cada partida.
Até o momento, o Brasil disputou duas partidas no Sul-Americano, e surpreendeu pela truculência de seu jogo, com quatro expulsões.
Na primeira partida, a equipe brasileira não teve dificuldades para golear o Peru por 4 a 1, mas foram expulsos o zagueiro Edu Dracena e o volante Júlio Batista. Devido a violência, a seleção brasileira de futebol recebeu uma multa de US$ 2 mil e perdeu cinco pontos na escala Fair Play.
Na derrota para o Paraguai por 1 a 0, receberam cartões vermelhos o volante Adriano e o goleiro Rubinho. Devido a esse jogo violento, Adriano foi suspenso por dois jogos e Rubinho por um.
O gol paraguaio aconteceu exatamente depois da expulsão do goleiro Rubinho. Como o técnico Carlos César já havia feito as substituições permitidas pelo regulamento, o zagueiro Fernando assumiu a posição, mas não conseguiu impedir o gol paraguaio a quatro minutos do final.
As duas expulsões contra o Paraguai e as sanções aos dois jogadores devem se transformar em novas multas que deixarão o Brasil cada vez mais distante do prêmio Fair Play, que é dado a equipe mais disciplinada e que tradicionalmente ficou com os jogadores brasileiros.