Por Alexandre Rodrigues
Porto Alegre - A mãe de Ronaldinho não dá pistas sobre qual será o futuro do filho, mas deixa vazar uma decisão: se ele realmente for para a França, vai acompanhá-lo. Na casa do bairro Guarujá, zona sul de Porto Alegre (RS), Miguelina se prepara para seguir os passos de outra mãe de jogador gaúcho famoso: Azize, já falecida, que, na década de 80, se mudou para a Itália para cuidar da vida do filho Paulo Roberto Falcão.
Caso Ronaldinho se transfira do Grêmio para o Paris Saint-Germain, a companhia da mãe é certa. "Vou acompanhá-lo", revelou.
As complicadas negociações entre Grêmio e os procuradores de Ronaldinho são acompanhadas de perto por Miguelina. Como o procurador do jogador é o irmão Assis, fica mais fácil para ela saber das discussões. Só faz mistério sobre a chance de o filho continuar em Porto Alegre ou assinar um contrato com o PSG capaz de garantir o futuro da família por várias gerações. Diz que não sabe de nada e que quem fala sobre o assunto é Assis. "Eu prefiro não comentar."
Como o jogador agora está proibido pela direção do clube de dar entrevistas sobre a transferência, Miguelina serve de termômetro do seu espírito. Por enquanto, garante, Ronaldinho mantém a calma. "Ele é tranqüilo, é profissional", afirmou, garantindo que o jogador continua mais atento aos treinos do Grêmio do que à polêmica sobre seu passe.
A possibilidade de Ronaldinho deixar o Grêmio fez de Miguelina, mais até do que o filho, alvo preferencial dos torcedores. Nas ruas, basta ser reconhecida para começarem os pedidos de ajuda à direção do Grêmio para mantê-lo em Porto Alegre. Apesar do assédio, ela garante que não se importa. Recebe os pedidos com simpatia, mas garante sempre que a decisão não é sua.