Rio - Nesta quarta-feira foram completados seis
anos que a equipe inglesa Lotus fechou as portas e deixou de disputar o
Campeonato Mundial de Fórmula 1, devido a uma grave crise financeira. No
final daquele ano, o time perdeu o apoio da Mugen-Honda, que fazia os
motores utilizados pela equipe. Houve uma tentativa de salvação com a venda
de parte da escuderia para a Pacific. No entanto, a medida não surtiu efeito
e a Lotus fechou definitivamente.
A Lotus, do lendário chefe de equipe Colin Chapman, que costumava
comemora a vitória de seus pilotos jogando para cima seu chapéu no momento
em que recebiam a bandeira quadriculada, foi uma das mais bem-sucedidas da
história da F-1.
O time disputou 491 corridas, conquistando 79 vitórias,
sendo superada apenas por Ferrari, McLaren e Williams. Um carro da Lotus
alinhou pela primeira vez em um grid da F-1 para a disputa do GP de Mônaco
de 1958. Dois anos depois, na mesma pista, Stirling Moss conquistaria a
primeira vitória do time inglês. A última vez que a Lotus esteve no lugar
mais alto do pódio foi no GP dos EUA de 1987, com Ayrton Senna.
Em seus 37 anos nas pistas, a Lotus comemorou a conquista de seis
títulos no Mundial de Pilotos: com o escocês Jim Clark, em 1963 e 1965; o
inglês Graham Hill, em 1968; o austríaco Jochen Rindt, em 1970; o brasileiro
Emerson Fittipaldi, em 1972; e com o norte-americano Mario Andretti, em
1978.
Além disso, foram outros seis títulos no Mundial de Construtores:
1963, 1965, 1968,
1970, 1972 e 1978. Quatro pilotos brasileiros tiveram passagens pela Lotus:
Emerson Fittipaldi venceu nove provas pela equipe inglesa e conquistou o
título mundial de 1972; Ayrton Senna, que correu na Lotus entre 1985 e 1987,
vencendo cinco vezes; Nelson Piquet correu na equipe em 1988 e 1989 e obteve
como melhor resultado três terceiros lugares.