Rio - Ser chamado de mercenário pela torcida fez Maurinho sair do sério. O lateral-direito, que foi alvo da ira dos rubro-negros ao ser expulso na derrota de ontem para o Santos, não citou nomes mas deixou clara a sua irritação com o vice-presidente de futebol do clube, Walter Oaquim.
O dirigente disse publicamente, na época da negociação para renovar o contrato de Maurinho, que o jogador estava pedindo um salário de R$ 70 mil mensais.
“Disseram muita coisa à imprensa. Algumas eram verdade, mas outras não eram. Agora vou ter de ouvir isso até o fim do meu contrato. Estou triste”, disse Maurinho.
Enquanto o jogador não disfarçava a sua irritação, o técnico Zagallo lamentava os desfalques que teve no jogo de ontem. A justificativa para a derrota na estréia na competição mostrava a sua certeza de que o grupo não resistira à ausência de Gamarra, Petkovic e Edílson.
“Perdi uma espinha dorsal e fiquei sem peças de reposição. Eu precisava fazer as substituições, mas não tinha jogadores para escalar. Optei por Roma de início e fiquei sem nenhum atacante no banco”, disse Zagallo.
A situação do treinador pode melhorar um pouco para o jogo de estréia no Campeonato Estadual, sábado, contra o Olaria, em Édson Passos. O atacante Edílson e o goleiro Júlio César talvez sejam liberados pelo departamento médico. Petkovic e Gamarra, no entanto, continuam vetados.
O lateral-esquerdo e o diretor-geral da Juventus, Luciano Moggi, disseram ontem que esperam receber da Fifa a transferência provisória, para que o lateral possa estrear pelo clube italiano. O Flamengo não aceita a liberação de Athirson até a audiência marcada para o dia 14, na seda da entidade, em Zurique, na Suíça.