São Paulo – O técnico da seleção, Emerson Leão, lembrou do caso do time da Itália na Copa do Mundo de 82, na Espanha, para fazer a equipe brasileira crescer durante as Eliminatórias para o Mundial de 2002.
Atualmente, o Brasil ocupa a vice-liderança da chave sul-americana das Eliminatórias com 20 pontos, ao lado do Paraguai, mas cinco atrás da Argentina. Mas até agora, o time ainda não convenceu.
“Realmente não tivemos uma boa performance na primeira fase das eliminatórias. Mas nossa idéia não é classificar o time em primeiro, mas classificar o mais rápido possível”, afirmou. “É só lembrar o caso da Itália, em 82, quando se classificou graças ao número de gols, foi crescendo e depois acabou eliminando o Brasil e sendo campeã”, completou Leão, em entrevista na noite desta sexta, ao canal Rede Vida.
Naquela ocasião, o Brasil, então comandado por Telê Santana, acabou perdendo o jogo para os italianos por 3 a 2 nas quartas-de-final da Copa, em uma das partidas mais marcantes da seleção, que tinha craques como Zico, Falcão e Sócrates.
O treinador da seleção voltou ainda a rasgar seda ao meia Juninho Paulista, do Vasco, e ao atacante Ronaldinho, do Grêmio. “O Juninho foi um dos grandes nomes de 2000 do futebol brasileiro. E o Ronaldinho, que teve um ano de 2000 ruim, acabou melhorando no final do ano e tem chances fortíssimas (de ser convocado)”, falou.
Leão disse também que não está ligando para a briga entre os atacantes Romário, do Vasco, e Edmundo, hoje no Napoli. “Se tiver que chamar os dois, paciência. Para mim, a briga entre eles não muda nada para mim”, garantiu.
Atualmente, a única coisa que não vem agradando ao técnico do Brasil é a campanha da seleção sub-20 no torneio sul-americano. Até agora, a equipe ganhou do Peru, perdeu do Paraguai e empatou com a fraca Venezuela. “Realmente, a seleção sub-20 está tendo um resultado desagradável. Esperávamos uma reação contra a Venezuela, mas só empatamos”, disse Leão, que contou ainda que espera volta a comandar equipes do futebol brasileiro. Apesar de não citar nomes, o ex-treinador de Palmeiras, Atlético-MG e Santos e Sport abriu uma brecha. “Tenho o sonho de comandar algumas equipes que ainda não comandei”, disse.