Florianópolis - O francês Jerome Golmard, de 27 anos, terminou a temporada 2000 como 43º colocado na Corrida dos Campeões da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Atualmente, é o 60º.
Ele já esteve na Ilha no ano passado para disputar a primeira rodada do Grupo Mundial da Copa Davis contra a equipe brasileira. O Brasil derrotou a França por 4 a 1 - Guga Kuerten perdeu o jogo que já não valia mais nada para Nicolas Escude por 6/2 e 7/6 - no estádio montado na Universidade Federal de Santa Catarina. Golmard era o segundo tenista do time francês, liderado por Cedric Pioline e que teve ainda Arnaud Clement e Escude.
Nascido em Dijon - 325 quilômetros de Paris -, Jerome mora em Boca Raton, na Flórida, e está em Florianópolis novamente, desta vez na tentativa de acabar com suas dores nas costas, que o incomodam há dois anos. O que faz um europeu que mora na principal potência mundial procurar a cura para seu problema numa cidade de 300 mil habitantes?
“Nesses dois anos, tentei vários tipos de tratamento, com vários profissionais, que só se importavam com o dinheiro”, diz Jerome, simples como Guga e simpático. “Acho que a bordagem aqui é diferente”.
Na Ilha, Jerome tem a companhia do pai, Roger, e pode conversar em francês com Rafael Muzlera, que trabalha na Federação Catarinense de Tênis e recebeu a equipe francesa na Copa Davis do ano passado. Usa as quadras da Federação e da P&K para treinar. Jerome, de 1,87m de altura e 80 quilos, conquistou dois títulos de simples e acumulou uma fortuna de 1,7 milhão em sua carreira, iniciada em 1993.