São Paulo - O Corinthians completa, nesta quarta-feira, quatro meses sem vitórias - uma maratona de 15 jogos. Situação complicada para os que participaram dos fracassos no ano passado e incômoda para os que chegaram em 2001.
E a partida contra o Flamengo pelo Torneio Rio-São Paulo, seria apenas mais uma oportunidade para os jogadores alvinegros espantarem a má fase. Mas as declarações do atacante Edílson, principal jogador rubro-negro na partida do Pacaembu, esquentaram o clima do clássico das duas maiores torcidas do Brasil.
“Joguei no Corinthians e sei como devem estar sendo as pressões lá dentro. Vamos tentar tirar proveito dessa situação para vencer, e bem”, disse o Capeta, que foi expulso do Parque São Jorge, há seis meses, pela própria torcida corintiana.
Sem tomar conhecimento das provocações do adversário, Paulo Nunes, que já sentiu a pressão da massa no dia da apresentação, acredita que a sua chegada pode ajudar o time a superar a seqüência sem vitórias. O atacante, que não enfrenta o Flamengo por estar sem condições físicas, ainda não goza do apoio da torcida, mas foi a principal aposta da diretoria para a temporada.
“Essa seqüência sem vitórias até estimula. Agora os olhares estão mais voltados para mim e o time pode entrar em campo mais tranqüilo. Acho que a vitória sai antes da minha entrada. Confio muito no time”, explicou o Diabo Loiro, que pediu mais uns dez dias de prazo para estar à disposição de Darío Pereyra.
E esse é o pensamento dos outros jogadores: vencer antes da entrada do novo companheiro. Nada pessoal. Mas, caso a vitória só venha com Paulo Nunes, o atacante vai carregar a fama de salvador da pátria por muito tempo.
“A gente está tentando vencer, mas a fase atrapalha um pouco. O jeito é esquecer a fase e pensar sempre que o próximo jogo é o mais importante”, disse o zagueiro Scheidt.
O recém-chegado Gallo, que pode estrear na noite de hoje, garante que a pressão não atrapalha. E o volante quer usar a experiência para ajudar o Corinthians.
“Já joguei em outras equipes grandes e estou acostumado a esse tipo de cobrança”, disse.