Rio - Os dirigentes do Farum BK, clube da segunda divisão da Dinamarca,
anunciaram que não mais contratarão jogadores negros, principalmente
oriundos do continente africano e também jogadores do Brasil. Segundo o treinador Christian
Andersen, os negros têm uma percepção diferente de jogo e muita
dificuldades de entender os esquemas aplicados na Europa.
Andersen garante que a decisão não é racista, mas que o clube vai
agir assim porque os negros enfrentam maior dificuldade de adaptação ao
estilo de jogo implantado pelo clube e isso causa um grande prejuízo
financeiro.
Em maio do ano passado, o futebol dinamarquês entrou na lista dos
que discriminam os jogadores negros quando vários jogadores do Silkeborg
foram agredidos pelos torcedores do Aarhus que empreenderam uma verdadeira
caçada ao ganês Godwin Attram.
Segundo o jornal espanhol AZ, a culpa pela onda de racismo cabe aos
dirigentes europeus. No dia 10 de janeiro, a Federação Italiana prometeu
fechar todos os estádios onde acontecessem manifestações racistas. E nada
aconteceu depois que a torcida da Lazio ofendeu Seedorf durante toda a
partida entre Lazio e Inter disputada no Estádio Olímpico de Roma.