Belo Horizonte - O apoiador Lincoln será a novidade no jogo de amanhã, contra o Guarani, estréia do Atlético no Campeonato Mineiro. Mas não foi uma opção tática do técnico Abel Braga, satisfeito com as boas atuações do jogador nas duas primeiras partidas da equipe na temporada, e, sim, porque o volante Cleison foi vetado pelo Departamento Médico. O restante da equipe deverá ser a mesma que iniciou o jogo de quarta-feira -a vitória de 3 a 1 sobre o Marcílio Dias.
Cleison sente dores no joelho direito e será poupado. É um problema que o volante vem suportando desde a temporada passada - e que, inclusive, o tirou de algumas partidas na Copa João Havelange. Mas, a pedido do treinador, aceitou jogar contra Atlético/PR e Marcílio Dias. Abel Braga, agora, resolveu dar um descanso ao jogador. E ontem confirmou a entrada de Lincoln no meio-campo, para atuar ao lado de Alexandre.
O treinador fez questão de ressaltar que a entrada de Lincoln foi determinada pelo afastamento de Cleison e que, caso o volante pudesse jogar, o time seria mantido. “O Lincoln passa por uma boa fase, mas o time está bem. Não vejo necessidade de mudar. A não ser, como neste caso, quando um jogador está vetado", ponderou Abel Braga.
A outra opção para o lugar de Cleison, que estava jogando mais adiantado dentro do esquema proposto pelo treinador, seria Ramon Menezes. Mas o armador está fora de ritmo, pois ainda não jogou nesta temporada. Ele estava com dores no tendão de Aquiles dos dois pés e retornou apenas esta semana aos treinamentos com bola.
O lateral-esquerdo Ronildo ainda continua vetado, se recuperando das dores no joelho esquerdo que o tiraram no intervalo da partida contra o Atlético/PR, na estréia do Atlético na Copa Sul-Minas. Edson será mantido.
À francesa - Relembrando os tempos em que dirigiu o Olympique de Marselha, da França, na temporada passada, o técnico Abel Braga orientou ontem um trabalho diferente no CT de Vespasiano. E que obrigou aos jogadores muita movimentação e toque de bola.
Ele utilizou apenas 30 metros do campo, estreitando o local reservado para o treino. De cada lado, uma trave. E, em volta, cones delimitando a área. O treinador dividiu o grupo em três, misturando titulares e reservas, e colocou dois para jogar dentro deste campinho. O terceiro grupo ficou ao redor, participando do jogo, mas sem entrar dentro do campo, evitando que a bola saísse.
O treinador explicou que este tipo de trabalho é bastante utilizado pelos clubes europeus e obriga ao jogador ter reflexo apurado para não perder a bola durante uma jogada.