Rio - O Inter começou a temporada 2001 com muitas caras novas e uma defesa irreconhecível. Apenas nos dois primeiros jogos da Copa Sul-Minas, o Inter já levou cinco gols, o equivalente ao sofrido em todos os seis jogos disputados na edição do torneio no ano passado. Desempenho ruim para quem terminou 2000 com a defesa menos vazada da Copa João Havelange.
Em comparação com a João Havelange, o trabalho da defesa do Inter nos dois primeiros jogos foi pífio. Naquela competição, o Inter sofreu apenas 29 gols em 28 jogos, média um pouco superior a um por partida. Agora, a média na Sul-Minas é de 2,5 gols sofridos por jogo. Para explicar tal queda de rendimento, o técnico Zé Mário e os próprios jogadores evocam a curta pré-temporada, o grande número de novos jogadores e as mudanças de táticas do time produzidas pelos muitos desfalques.
A fraqueza do setor defensivo é conseqüência direta de duas ausências cruciais: uma temporária e outra definitiva. Na zaga, falta a segurança de Lúcio, jogador de presença, força e liderança. No meio, o time joga sem Fábio Rochemback, um fator de equilíbrio no setor.
Zé Mário acredita que falta entrosamento ao grupo. "Esse grupo é mais promissor do que o que começamos 2000, se não individualmente, como grupo. Mas, do setor defensivo do ano passado, o time entrou somente com três contra o Joinville: Dênis, Leandro Guerreiro e Ronaldo. Os outros são novos ou não estavam jogando", justifica Zé Mário.
Ronaldo, que atribuía a eficiência de sua dupla com Lúcio ao entrosamento entre ambos, diz que ainda está se adaptando ao novo companheiro Fernando Cardozo: "Com o Lúcio eu joguei dois anos e com o Fernando só participei de alguns jogos do Rolinho."