São Paulo - O atacante Adhemar deixou o calor do Brasil e foi para o frio da Alemanha. O jogador, de 28 anos, tem como missão tirar a equipe do Stuttgart das últimas colocações do campeonato Alemão.
Ainda morando sozinho, em um hotel, o jogador sente falta da família e dos amigos. A diferença do idioma também atrapalha a adaptação.
Adhemar pode estrear neste domingo pelo Stuttgart. O jogo será contra o Bayern Leverkusen, fora de casa. Leia abaixo os melhores trechos da entrevista exclusiva ao LANCE!.
a chegada
"Fui muito bem recebido por todos no clube. Eu estou me dando bem com todo mundo. Até os jogadores que atuam na minha posição me procuram para saber se estou tendo alguma dificuldade para entender o que o treinador está pedindo para eu fazer."
Adaptação
"A minha está sendo a melhor possível. Estou me acostumando aos poucos com o idioma, que é bem diferente, e com frio, que é forte nesta época do ano. Mas os jogadores que falam português como o Bordon, Roberto Pinto e o Balakov, estão me ajudando bastante. Além do Efrain, que é o meu intérprete aqui na Alemanha."
A estrutura
"Não é boa. É maravilhoso. Acho que o Stuttgart não perde para nenhum clube no mundo em estrutura, em campos de treinamentos, em nada. Eu não posso apontar nada de errado dentro do clube. Não sei explicar por que está nas últimas colocações. Mas com certeza iremos sair dessa situação."
O desafio
"Não me assusta chegar a uma equipe que está lá embaixo na tabela. Quando cheguei ao São Caetano o clube ainda não tinha a projeção que tem hoje e conseguimos chegar à final do campeonato nacional. O Stuttgart é uma equipe de tradição dentro do futebol alemão e sairá dessa situação. Temos que jogar futebol e nada mais do que isso."
Os treinamentos
"Os treinos são bem diferentes dos feitos no Brasil. Aqui treinamos apenas uma vez por semana em dois períodos. No resto dos dias treinamos apenas em um período. Mas o mais legal é que o técnico Ralf Rangnick me colocou para treinar faltas. Fiquei batendo faltas por um bom tempo ao lado do Balakov, acho que bati mais de 30."
Fé
"Já encontrei uma igreja para fazermos nossas reuniões. Eu, Bordon e mais alguns brasileiros estamos realizando esses encontros em um bairro de portugueses. Na última quarta-feira havia 20 pessoas. Foi muito gostoso, foi uma bênção."
Parentes
"Estou sentindo muita falta da Aline e dos meus filhos. Eu sou bem caseiro e nunca tinha ficado tão longe deles. Mas já estou arrumando uma casa aqui em Stuttgart e eles estarão aqui o mais rápido possível. Meus pais ficam no Brasil. Vou visitá-los duas vezes por ano."
Pressão da torcida
"Eles sabem que fui artilheiro da Copa João Havelange e querem que eu faça aqui a mesma coisa. Eu sei que a cobrança será bem maior. É ter tranqüilidade e jogar futebol."
A estréia
"Estou relacionado para a partida contra o Bayern Leverkusen, mas devo começar no banco. Minha estréia deverá ser durante o jogo. Fizemos dois jogos-treino e entrei no segundo tempo. Não estou com pressa de jogar. Quero ajudar minha equipe a vencer os jogos e chegar às finais das Copas da Uefa e da Alemanha."