Madri – O ex-craque Pelé criticou as altas cifras em que estão girando as atuais negociações do futebol mundial. “É um absurdo, nem eu em meus melhores tempos valia US$ 50 milhões. Nem Di Stefano, Maradona ou Cruyff.”
A declaração foi dada pelo ex-jogador em entrevista à Revista Espanhola Don Balon. “As negociações no futebol estão completamente fora da realidade.”
Ao ser perguntando sobre a possibilidade de um dia dirigir a seleção brasileira, Pelé descartou completamente a hipótese. “Tenho respeito pelo povo brasileiro. Se fosse técnico, e a equipe jogasse mal, seria tão criticado que nem todo o ouro do mundo poderia pagar por esse desgaste.” O ex-craque também colocou água na possibilidade se candidatar à presidência da Fifa. “Já falaram muito sobre isso. Mas não é verdade.”
Outro assunto abordado pelo tricampeão na entrevista foi a polêmica com Maradona. “Maradona sempre me criticou porque nunca aceitou que uma pessoas mais velha tivesse mais prestígio do que ele. De qualquer maneira, torço por sua plena recuperação e para que arrume em um emprego de técnico de futebol”, disse Pelé, que também diminuiu a importância do prêmio de melhor do século distribuído pela Fifa. “Não necessito desse prêmio, já estou contente com as glórias que alcancei no passado. Em 1958, foi designado `O Rei´ e isso me basta.”
Sobre Rivaldo, Pelé acredita que o jogador não pode ser tão cobrado. “É um grande jogador. Muito importante para o Barcelona e para a seleção brasileira. Mas se seguir com essa pressão terá problemas em breve e pode prejudicar a sua carreira.”