Porto Alegre - A última cartada do presidente do Vasco, Eurico Miranda, para frustrar a permanência de Luiz Cláudio no Inter levou o assunto para o tribunal. Eurico alegou na CBF não ter rescindido o contrato do centroavante e, por isso, a transferência estaria irregular. A entidade, através do seu vice-presidente jurídico, Carlos Eugênio Lopes, aceitou a reclamação do Vasco e enviou o caso para o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Inter terá que comprovar a legitimidade do negócio.
Trata-se de uma manobra de Eurico, que declarou o Inter como inimigo depois do voto contrário ao Vasco na reunião do Clube dos 13 em Porto Alegre. No dia 3 de janeiro, o então presidente do Vasco, Antônio Soares Calçada, assinou a rescisão de contrato de Luiz Cláudio e a transferência de seu vínculo para o Treze, da Paraíba.
Em seguida, o Treze, clube dirigido pelos empresários que intermediaram a transação, emprestou o jogador para o Inter. As federações carioca, paraibana e gaúcha referendaram a transação. Tanto que Luiz Cláudio tem a liberação da Federação Gaúcha para jogar. Eurico ignora o documento assinado por Calçada (transcrito abaixo).
"Os contratos entre as federações foram assinados em cima deste documento", diz o vice jurídico do Inter, Sérgio Juchen.
Eurico pretende malograr a transação utilizando como justificativa um erro administrativo do Vasco. O cartola justificou na CBF que, como seu clube não juntou a rescisão aos demais documentos desta transação, o negócio é irregular.
Se for condenado, o Inter perderá cinco pontos por partida que tenha utilizado o jogador.
Os zagueiros Gérson e Jairo Lima, da Matonense, interessam ao Inter.