Rio - Presidentes e advogados de 18 dos 20 filiados que formam o Clube dos 13 se reuniram na tarde desta terça-feira no Estádio Olímpico para discutirem a Lei Pelé. Apenas Flamengo e Vasco não mandaram representantes. No final da reunião, os dirigentes foram unânimes ao considerar que a extinção da lei do Passe, prevista para o dia 26 de março, tem que ser adiada.
“Esse é o principal ponto. A questão tem que ser melhor estudada”, comentou o presidente de honra do Bahia, Paulo Maracajá.
Para o presidente do Fluminense, David Fischel, existem ainda outros problemas a serem discutidos. “Não basta apenas mudar a data. Tem que se mudar o texto da lei para que os clubes não saiam prejudicados”.
Já o vice-presidente do Grêmio, José Eduardo Machado, destaca muitos pontos da nova lei que devem ser questionados. “Ela beneficia clubes estrangeiros e prejudica os brasileiros. Isso não faz
sentido”, comentou, lembrando que se deve instituir mecanismos de proteção para que os clubes não percam seus jogadores, citando o caso de Ronaldinho Gaúcho.
Além da lei do passe, os representantes aprovaram a idéia de se formar um sindicato de clubes e apresentaram estudos para a criação de um contrato padrão com a inclusão de uma cláusula penal, que vem a ser o mesmo que a multa rescisória.
Também foi determinado que na próxima semana, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, irá se reunir com o ministro dos Esportes Carlos Melles, quando apresentará as propostas discutidas na reunião.