São Paulo - O treinamento técnico intensivo – mais conhecido por TTI – é a repetição freqüente de um determinado fundamento do futebol que visa aprimorar o potencial técnico do atleta. Já para o atacante Lúcio, o TTI significa muito mais do que uma simples sigla. Lúcio tem sido um dos jogadores da Portuguesa mais beneficiados com o sistema de treinamento implantado pelo técnico Renê Simões na Lusa.
Segundo Renê, antes do TTI, Lúcio perdia muitos gols nas partidas.
”O Lúcio é um craque mas, de cada dez chutes, fazia dois gols. Começamos a fazer um trabalho específico com ele. Após os treinamentos, ele fica treinando chutes a gol por 10 minutos. Felizmente, ele assimilou bem o trabalho e já está convertendo gols decisivos para nós”, elogia Renê.
Lúcio admite que houve melhora em seu rendimento nos jogos desde que adotou o sistema TTI.
”Estou tendo mais tranqüilidade para fazer os gols. Antes do TTI eu era muito afoito na hora de finalizar as jogadas”, diz Lúcio, que é o artilheiro do Paulistão, ao lado do centroavante Washington, da Ponte Preta, com três gols.
”Quero aprimorar cada vez mais a minha finalização. O Romário faz muito esse tipo de treinamento e é o melhor matador do futebol brasileiro”, completa.
Mas, apesar da artilharia da competição, o atacante diz não estar preocupado com isso.
”Não penso em ser artilheiro. O importante é vencer. Se eu puder fazer gols, ótimo. Mas, se não der, temos o Cléber e o Hernani, que são matadores”, afirma.
Lúcio lembra que nunca foi artilheiro nas equipes por onde passou.
”No Santos, em 98, fiz 11 gols e fiquei atrás do Viola. No Flamengo, em 97, fiz 23 gols na temporada, mas fiquei atrás do Sávio e do Romário”, lembra.
Além do arremate preciso, praticado à exaustão nos treinos da Lusa, o atacante Lúcio tem na velocidade outra grande arma contra a defesa adversária.
”Marquinhos, Irênio e Hernani lançam muito bem para mim e eu uso a velocidade para ganhar as bolas dos adversários”, diz.