Porto Alegre - A derrota para o América-MG não só reduziu as chances de classificação na Sul-Minas como fez surgir novamente uma idéia que circula entre conselheiros influentes do Grêmio desde o fim do ano passado: a de que o clube deve dispensar o zagueiro Marinho e o meio-campo Zinho.
Marinho, segundo esses conselheiros, é hoje um zagueiro com pouco senso de colocação; e Zinho estaria dando uma contribuição muito pequena, se comparada aos seus ganhos mensais -- cerca de R$ 200 mil, entre salário e aluguel de passe.
No desembarque em Porto Alegre, Marinho negou-se a comentar sua atuação. “Houve falhas, claro, mas o time inteiro precisa melhorar”, resumiu.
Zinho contou que, ainda em Belo Horizonte, ouviu um repórter de rádio passando um boletim em que falava da possível intenção dos dirigentes do Grêmio em propor uma rescisão de contrato.
“Perguntei detalhes a esse repórter, mas ele se negou a revelar. Acho difícil isso acontecer. Os dirigentes têm sido respeitosos comigo, e falariam a mim antes de divulgarem para a imprensa um assunto tão delicado”, disse Zinho.
O Grêmio já se desfez de três contratações milionárias, tidas como grandes soluções para o time, quando efetivadas no início de 2000: Amato, que custou US$ 4,5 milhões (aproximadamente R$ 9 milhões); Astrada, de US$ 2,5 milhões (R$ 5 milhões); e, recentemente, Paulo Nunes, que tinha sido comprado por US$ 5 milhões (R$ 10 milhões).