Alexandre Rodrigues
Porto Alegre - Contratado no ano passado para ser uma das estrelas do "time dos sonhos" do Grêmio após a parceria com a multinacional ISL, o meia Zinho pode seguir os passos de Paulo Nunes e deixar o clube pela porta dos fundos. Depois das fracas atuações do tetracampeão na Copa Sul-Minas, alguns dirigentes defendem a rescisão do contrato do jogador ainda este mês. Além do baixo rendimento em campo, pesa também o salário de Zinho: R$ 220 mil mensais.
No desembarque em Porto Alegre (RS), após a derrota para o América-MG, na noite de quarta, Zinho disse estar surpreso com o assunto. "Eu não estou sabendo de nada. Na chegada ao aeroporto em Belo Horizonte ouvi um repórter falar sobre isso, mas tenho uma boa relação com os dirigentes", garantiu.
Se a saída se confirmar, não restará nenhuma das estrelas contratadas pelo Grêmio no início de 2000. Há um ano, alimentada pelos adiantamentos da ISL – que assumiu a exploração da imagem do clube –, a diretoria gastou cerca de R$ 20 milhões em reforços milionários: além de Zinho, Paulo Nunes e Astrada, chegou a Porto Alegre o também argentino Amato. De todos, Zinho foi o único a mostrar um futebol capaz de empolgar a torcida.
Durante a Copa João Havelange, Amato foi o primeiro a ser negociado, para o Celta, da Espanha. Em janeiro, foi a vez de Paulo Nunes, que trocou o Grêmio pelo Corinthians. Astrada voltou para o River Plate, da Argentina, no início do ano.
Outro jogador ameaçado de ter o contrato rescindido no Grêmio é o zagueiro Marinho. Depois de um bom início do clube no ano passado, ele teve atuações irregulares na Copa João Havelange e continuou jogando mal na Copa Sul-Minas. Para resolver os problemas da defesa, a diretoria já acertou com o veterano Mauro Galvão.