São Paulo – “Paulo Nunes, preste atenção, muito respeito com a camisa do Timão!” O aviso foi dado pela Fiel assim que o Corinthians entrou em campo para a partida contra a Portuguesa Santista, no estádio Ulrico Mursa. A única resposta do Diabo Loiro foi fazer sinal de positivo em direção às arquibancadas. E ao ser substituído, na metade do segundo tempo, foi aplaudido pelos torcedores. Até por isso, o atacante era um dos raros que tinha algo a comemorar após a desastrosa derrota, de virada, diante da Lusinha de Santos.
“Me dediquei ao máximo e a torcida soube reconhecer isso. Acho que fiz um primeiro tempo excelente. Mas o gramado estava pesado e acabei cansando”, explicou o jogador, alvo de elogios do então técnico Darío Pereyra, que ressaltou o espírito de luta do estreante na equipe do Corinthians.
A lealdade do treinador foi devolvida por Paulo Nunes, que pediu a permanência de Darío no cargo. “Não existe razão para o treinador sair nesse momento. A culpa pelo que está acontecendo é dos jogadores e só nós podemos tirar o Corinthians dessa situação. Mudar o comando agora não vai resolver nada “, discursou o jogador, que já atuou pelo arqui-rival Palmeiras.
Chegando à equipe que ocupa a antepenúltima colocação do Campeonato Paulista, Paulo Nunes deu a receita para tirar o clube dessa situação. E na opinião do jogador, o mais importante não é forma física, mais treinamentos ou conversa.
“Tem que ter coração. Chegamos a uma situação em que os jogadores precisam colocar a emoção em primeiro lugar”, pediu o atacante, tentando mostrar uma raça que se identifica com o perfil do torcedor corintiano.
E o primeiro teste para aplicação da receita de Paulo Nunes – no Paulistão – será no próximo domingo, quando o Timão enfrenta o Palmeiras, um adversário que está crescendo na competição e ganhou força com a vitória em Matão. “Não quero nem pensar nisso. Agora, minha função é dar tudo e mais um pouco pela camisa do Corinthians”, despistou o jogador.