Rio - As palavras sussurradas e as caras-fechadas no vestiário alvinegro logo após a derrota para o Olaria davam o clima da catástrofe. O presidente do conselho deliberativo, Carlos Augusto Montenegro, foi firme na análise. Culpou o resultado pelos gols perdidos por Donizete e pela substituição de Reidner por Serginho e deu um ultimato para a permanência de Sebastião Lazaroni na equipe: a classificação para as semifinais da Taça Guanabara (primeiro turno do Estadual).
“Não devemos tomar decisões precipitadamente. Temos três jogos importantes: um pelo Rio-São Paulo e contra Americano e Flamengo. Vamos aguardar”, disse Montenegro, dando a ordem. “Houve uma substituição infeliz que degringolou tudo. Além do mais, o time perdeu gol demais”.
Montenegro disse que a falta de investimentos no futebol no início do ano não justifica uma campanha tão ruim: uma vitória, um empate e uma derrota em três jogos contra clubes pequenos. “Pusemos vários juniores na equipe principal, sabíamos que a nossa caminhada seria difícil, mas isso não estava previsto”, afirmou.
O técnico Sebastião Lazaroni justificou a derrota citando as oportunidades perdidas e afirmou que o Botafogo poderia ter saído com uma goleada. Sobre as substituições dos cabeças-de-área, Lazaroni afirmou que Reidner estava sentindo o cansaço e perdendo a pegada, enquanto Marcelinho Paulista sentiu fisgada na coxa.
Pivô da substituição mais polêmica do jogo, que gerou gritos de "burro!" para o técnico, Reidner evitou entrar em choque com Lazaroni. Mas foi firme quando disse que não pedira para sair: “Estava sentindo o cansaço, como todos, mas dava para ir até o fim do jogo. Eu não pedi para sair”.