São Paulo - O técnico Oswaldo Alvarez e os jogadores mais experientes do São Paulo podem até pedir prudência à torcida com relação aos ex-juniores que golearam o Santos, domingo, no Morumbi.
Claro, ainda é cedo para apostar, mas o ex-meia Pita, estrela dos "Menudos" em meados da década de 80, afirma que Cacá, Renatinho, Harison e companhia têm tudo para desbancar a geração que conquistou os campeonatos paulistas de 1985 e 87 e o Brasileiro de 86.
Os destaques dos Menudos eram o lateral Nelsinho, o volante Márcio Araújo, o meia Silas, os atacante Sidney e Müller (atualmente no Cruzeiro). Os são-paulinos ganharam o rótulo em 84, quando terminaram o Paulista em terceiro lugar. “Nos chamaram de Menudos também pelo estilo alegre, característica daquela banda pop, formada por moleques. Teve um jogo no Morumbi em que perdemos de 6 a 5 do Botafogo, de Ribeirão Preto (pelo Paulista de 84), e o Cilinho (técnico) saiu feliz da vida. Nós, ali, "p" da vida e o Cilinho todo sorridente porque tinha sido um jogão”, diz Nelsinho.
Como líderes do time, Nelsinho contava com Pita, Careca, Oscar e Darío Pereyra. Pita, técnico dos juniores por dois anos, considera os moleques de hoje mais talentosos. “Eles conquistaram tudo que disputaram nas categorias de base. Grande parte deles joga junto desde o infantil. É muito tempo. Coletivamente, eles são extraordinários”, elogiou Pita, em depoimento dado ao LANCE! em outubro de 2000, durante a Copa João Havelange.
Na ocasião, nada menos que nove jogadores do time júnior estavam inscritos no campeonato nacional. Além daqueles que enfrentaram o Santos, o goleiro Márcio, os zagueiros Júlio Santos e Alexandre, o lateral Alemão, o volante Júlio Baptista e os atacantes reservas Maurício e Dinei disputaram a Copa São Paulo deste ano e ainda devem despontar nos profissionais logo.
Fábio Simplício e Jean também fizeram parte da conquista da Copa São Paulo, em janeiro de 2000.
Nelsinho, como Vadão, no entanto, faz um alerta. Os garotos ainda vão passar por maus momentos. Na "prova final" é que eles terão de mostrar por que merecem crédito. “Não é só dentro de campo. A vida pessoal guarda dificuldades que, muitas vezes, a torcida nem fica sabendo. Eles vão ter de superar tudo”.