Belo Horizonte - O sonho de ser engenheiro ainda não foi esquecido pelo atacante Geovanni, do Cruzeiro. Só que a vontade de se tornar um jogador de futebol de sucesso acabou adiando os planos e o afastou das salas de aula.
Ciente da importância dos estudos na vida de qualquer cidadão, Geovanni estará nesta terça-feira de volta aos bancos escolares junto a outros 200 jogadores do Cruzeiro, das mais diversas categorias, dentro do projeto do clube de oferecer ensino fundamental, médio e de suplência. As notas de cada jogador serão repassadas aos treinadores.
Além de Geovanni, outros cinco jogadores do grupo de profissionais estarão participando das aulas, que serão realizadas na “Toquinha" (nos fundos da Toca da Raposa): os volantes Marcos Paulo e Cléber Monteiro, o goleiro Jefferson, o lateral Alex e o meia Wendel. Enquanto o atacante irá refazer o primeiro ano do segundo médio - ele terminou o ensino fundamental em Acaiaca, sua terra natal, mas acabou “tomando bomba" quando tentou fazer a série seguinte em Belo Horizonte. “Não tinha tempo para estudar", justificou.
Quadro verde
Na coordenação do projeto, que terá quatro salas de aula e 17 professores, está a pedagoga Maria Efigênia Schreps Pinto, a Kiki, que já trabalhava com a garotada das categorias amadoras do Cruzeiro. “Vamos estar sempre adaptando nossas aulas ao calendário dos times. A participação dos jogadores profissionais será muito importante para mostrar aos mais novos a importância de se estudar", ressaltou Kiki, que se arrependeu apenas de não ter colocado um quadro azul em cada sala, que terão as cores do clube nas paredes e cadeiras - será o tradicional verde. As aulas começam hoje, em dois períodos: pela manhã, de 7hs às 11h30, e à noite, de 19 às 22h40.