Rio - A CPI da Câmara, que investiga supostas
irregularidades no futebol brasileiro, está apostando na acareação como arma
para desvendar o mistério envolvendo a crise de convulsão sofrida pelo
atacante Ronaldo, da Seleção Brasileira, horas antes da final da Copa do
Mundo de 1998, quando a França venceu por 3 a 0. Na tarde desta quarta-feira
foi aprovado requerimento solicitando uma acareação entre Zagallo, técnico
da Seleção na ocasião, Edmundo, jogador que integrou a delegação brasileira
no Mundial, e os médicos Lídio Toledo e Joaquim da Matta, que trabalharam
para a CBF na época.
Em seus depoimentos, no ano passado, os quatro divergiram sobre a
hora em que Zagallo foi avisado sobre a crise de Ronaldo. O treinador
garante que só soube do problema mais de uma hora depois, mas Toledo e
Edmundo afirmaram que o treinador foi informado do caso minutos depois dele
ter acontecido.
Também nesta quarta-feira foi aprovado requerimento solicitando à
CBF a cópia do laudo da perícia feita em São Januário, onde um alambrado
desabou no dia 30 de dezembro de 2000, interrompendo aos 23 minutos do
primeiro tempo a final da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano. A
informação foi divulgada pela Agência Câmara.