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Jogadores tentam disfarçar, mas ficam bravos com Marcelinho
Quinta-feira, 08 Fevereiro de 2001, 23h57

São Paulo - A expulsão do meia-atacante Marcelinho, aos dois minutos do primeiro tempo, foi fundamental na desclassificação do Corinthians para as semifinais do Torneio Rio-São Paulo. O ato do Pé-de-Anjo irritou o técnico Wanderley Luxemburgo, antigo desafeto do jogador, e a Fiel. A torcida corintiana chegou a esticar uma faixa no final da partida com a frase: "Fora Marcelinho".

Luxemburgo não comentou a atitude dos torcedores, mas também criticou o atleta. “A expulsão foi justa. Ele é um jogador muito experiente e prejudicou a equipe com o lance. Ele vai ser punido, mas já está escalado para o jogo de domingo contra o Palmeiras. O Corinthians não pode ser punido duas vezes”, comentou.

Os jogadores do Timão preferiram não criticar a precoce expulsão do Pé-de-Anjo. Mas no vestiário corintiano todos eram unânimes ao comentar sobre jogar quase os 90 minutos com um jogador a menos. “Com um jogador a menos tudo se tornou mais difícil. Infelizmente, não deu. Mas a partir de hoje o nosso time só vai jogar desse jeito, com muita garra”, garantiu o volante Marcos Senna.

Após a partida, Marcelinho tentou se defender, mas reconheceu que a expulsão foi merecida: “Minha intenção foi tentar intimidá-lo, mas foi esperto e se jogou ao chão. O juiz agiu certo pela minha intenção. Me arrependi, assumo meu erro e peço desculpa à torcida”.

Mesmo com a perna direita engessada Wanderley Luxemburgo comandou o Timão do campo e do banco, mas um banco diferente. O treinador ficou durante os 90 minutos da partida sentado em uma cadeirinha de madeira que estava localizada ao lado do banco de reservas do Corinthians.

De terno e gravata, o mesmo estilo de antigamente, Luxa pouco gesticulou sentado no seu trono. Muito aplaudido pela Fiel, o técnico mostrou-se muito feliz ao voltar a comandar uma equipe. “A vida continua. O meu lado profissional está aqui e estou feliz por voltar a trabalhar. Já há pessoas cuidando do meu lado pessoal. São duas coisas separadas”, diz.

L!Sportpress


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