Santos - Com um sistema tático que utiliza três zagueiros, esperava-se que o Santos tivesse atletas em profusão para atuar no setor defensivo. Que nada. O técnico Geninho estava com "a conta do chá" para escalar o time na defesa: Pereira, André Luis e Galván.
A urgência de uma peça de reposição fez com que a diretoria apresentasse ontem, no Centro de Treinamento, o zagueiro Rodrigo Costa, contratado do Grêmio.
“Essa é a minha grande chance de voltar a brilhar no futebol paulista e não pretendo desperdiçá-la”, prometeu o jogador de 25 anos, que atuou no Palmeiras entre 94 e 96.
Nascido no interior de São Paulo, Rodrigo teve os melhores momentos da carreira atuando no futebol gaúcho, vestindo as camisas de Juventude e Grêmio. Por este último, conseguiu vencer a Copa Sul e o Gaúcho de 1999. Após cinco anos nos pampas, o jogador já se considera filho do Rio Grande do Sul. O que explica o seu estilo de jogar.
“Depois de tantos anos, já me considero gaúcho. Até por isso, meu estilo é aguerrido, eu gosto de "chegar junto", mas sempre com lealdade”, fez questão de ressaltar o zagueiro que começou a carreira no XV de Piracicaba.
Mas Rodrigo Costa não chega para ser titular. Pelo menos na opinião de Geninho, ele vem suprir a ausência de jogadores para a posição e era uma aquisição de urgência. Se vai jogar, já é outra conversa. “É alguém que vem para fazer parte do grupo, não para ser titular absoluto”, esclareceu o treinador.
Mas isso não parece abalar o zagueiro. Ele se diz pronto para encarar o desafio, mesmo sem ter disputado nenhuma partida nos últimos cinco meses. “Quando recebi o convite para vir para o Santos, não pensei duas vezes em aceitar. Estava sem atuar por uma opção tática do treinador do Grêmio. O elenco do Santos é de excelente qualidade, mas vim para buscar meu espaço”.