São Paulo - Uma das principais jogadoras do país, duas vezes medalha de bronze em
Jogos Olímpicos, Virna não se conforma com o atual momento do vôlei
brasileiro. Há três meses sem receber salário no Flamengo, ela detonou a
falta de união entre as atletas e também alfinetou os dirigentes da
Confederação Brasileira de Vôlei.
"Estou muito preocupada com a manutenção das equipes e o surgimento de
talentos e de patrocínio. Infelizmente, há uma certa acomodação e não
exigimos nossos direitos. A gente precisa de mais união", protestou
Virna em entrevista ao programa 'Bola da Vez', que será apresentado
neste sábado, às 22h30, na ESPN Brasil.
A atacante também criticou asperamente os dirigentes da Superliga, que
obriga os times a jogar em quadras sem piso ideal (material sintético
que diminui o impacto na queda), "mas impõe multa às jogadoras que atuam
com a camisa fora do calção".
Apesar dos problemas, Virna não pretende jogar a toalha. Tem planos
ambiciosos antes de aposentar-se: ganhar uma medalha de ouro olímpica.
"Preciso estar ao lado do grupo nesse momento de transição, com a
substituição do técnico (saiu Bernardinho e entrou Marco Aurélio) e o
adeus de jogadoras importantes como a Leila", justificou.