Belo horizonte - O diretor do departamento de vôlei de quadra da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Antônio Feitosa, esteve nesta quinta-feira em Belo Horizonte para entregar os prêmios de melhores da Superliga da temporada passada a três jogadoras do MRV/Minas, mas ele mesmo admitiu, em entrevista ao HOJE EM DIA, que os critérios para a escolha das atletas que mais se destacaram em suas posições não são o ideal. “Encaminhamos ao nosso setor de estatística um pedido de reestudo desta fórmula", adiantou.
Feitosa concorda que o critério para a escolha do melhor levantador, por exemplo, não é o mais correto, já que não depende somente do desempenho da jogadora: os atacantes que recebem a bola precisam fazer o ponto para que o levantador seja bem avaliado no ran king. O diretor não apresenta nenhuma sugestão, mas garante que há uma solução mais justa. Além dos dados estatísticos, a escolha também leva em conta uma votação feita com clubes, atletas e comissão técnica.
O dirigente da CBV pretende buscar uma solução democrática, consultando clubes e patrocinadores a respeito da melhor forma. Antônio Feitosa também concordou que a entrega dos prêmios relativos à temporada anterior está sendo feita muito tardiamente, praticamente no meio da Superliga de Vôlei, quando o certo seria ao fim da competição de 2000. “Deveríamos ter feito a cerimônia em maio, no encerramento, mas a Seleção começou a treinar para as Olimpíadas e acabamos cortando", confessou.
O técnico William Carvalho, presente à entrega de prêmios, na unidade 2 do Minas Tênis Clube, sugeriu a Feitosa o que teria sido a melhor solução: realizar a cerimônia no jogo inicial desta temporada, com a presença de todas as jogadoras premiadas. Na temporada anterior, o MTC teve seis jogadores entre os melhores da CBV. No feminino, foram escolhidas Fofão (levantadora), Kely (revelação), Cristina Pîrv (melhor estrangeira) e Josiane (líbero), que já não está mais no clube. No masculino, Maurício (levantador) e Carlos Alberto Castanheira (técnico).
Antônio Feitosa discorda que a Superliga tenha começado de forma tumultuada, com os clubes reclamando das multas impostas pela CBV. “Formal ou informalmente, nada chegou à entidade. O que foi especulado foi através da Imprensa. As regras foram feitas para serem cumpridas em favor do melhor voleibol", garantiu. Observou que as mudanças exigidas nos ginásios, como a retirada de cadeiras que não estariam fixas, tiveram como parâmetro a quadra do MTC, que está sendo reconstruído.