São Paulo - Mais um clássico, mais uma derrota, mais pressão.
Nas últimas semanas, o técnico Marco Aurélio não tem encontrado outro assunto. Em todas as suas entrevistas, ele tem que falar sobre a possibilidade de perder o emprego.
Ontem, após a derrota de 2 a 1 diante do Corinthians, a história se repetiu. E o discurso do treinador foi o mesmo dos últimos dias. “Não existe isso dentro do Palmeiras. O presidente está nos apoiando e nem precisaria mais responder sobre isso”, afirmou o treinador, logo no começo da entrevista.
O diretor de futebol do clube, Américo Faria, esteve no vestiário palmeirense e deixou a decisão sobre o futuro de Marco Aurélio nas mãos do presidente Mustafá Contursi. “Só quem pode tomar uma atitude é o presidente. Na minha opinião, todas as equipes deveriam escolher os treinadores no início da temporada e deixar ele fazer o seu trabalho. Essas colocações sobre a situação do Marco Aurélio não têm partido do Palmeiras”, afirma, lembrando que o treinador ainda tem muito crédito entre os cartolas. “Isso não deveria estar acontecendo. Ele (Marco Aurélio) fez um excelente trabalho no ano passado e foi considerado um dos melhores técnicos da temporada”, diz.
Enquanto o técnico palmeirense mostrava tranqüilidade e Américo Faria deixava a decisão para a presidência, a lista de prováveis substitutos para Marco Aurélio aumentava.
Nos corredores do Morumbi eram citados Oswaldo de Oliveira, Carlos Alberto Parreira, Levir Culpi, Candinho e até mesmo Lula Pereira.
Na sua entrevista, Marco Aurélio não falou apenas sobre o futuro. O treinador considerou o clássico equilibrado, lamentou a expulsão de Fernando e elogiou a postura da sua equipe. “ Foi um jogo igual. Ficamos com um a menos logo no começo, mas o Palmeiras já foi outro time. A equipe foi totalmente diferente da partida contra o Botafogo, buscando o resultado o jogo todo”, afirmou o treinador, que lamentou também a forma como saíram os dois gols do Corinthians na partida. “Tomamos dois gols de bola parada. No primeiro, achei que o João Carlos fez falta em cima do Galeano”, diz o técnico palmeirense.