Tóquio - Todos os torcedores de futebol do mundo verão nesta semana o começo de uma disputa que irá decidir, entre os torcedores, quem irá aos jogos da Copa do Mundo de 2002.
O lançamento na quinta-feira por parte do Japão e da Coréia do Sul de requerimentos para ingressos dará aos torcedores a primeira chance de conseguir uma vaga nas finais da competição, que será disputada nos dois países.
Mas muitas pessoas vão se decepcionar com o baixo número de ingressos para o público em geral, a menos que tenham um bolso bem grande, ou estejam preparadas para lidar com os cambistas.
``Não devo ter muita chance, mas o que posso fazer? Lógico que vou fazer o pedido'', disse Koh Nakajima, trabalhador japonês de 29 anos.
A mídia japonesa vem definindo os ingressos como os mais cobiçados da história esportiva do país.
Do total de 1,35 milhão de ingressos para os jogos a serem disputados em terras japonesas, metade será vendida no Japão. Mas nem tudo será destinado ao público em geral. Alguns ingressos estão reservados para os patrocinadores oficiais.
A partir de quinta-feira, os organizadores vão oferecer 504 mil ingressos para o público japonês, que poderá fazer o pedido até o dia 14 de março. Uma segunda remessa será feita ano que vem, mas apenas 63 mil ingressos serão oferecidos.
Assim como no Japão, os organizadores vão lançar pedidos de ingressos na Coréia do Sul na quinta-feira.
Para o público em geral, que mora fora do Japão e da Coréia, cerca de 260 mil ingressos serão postos à venda, a partir de quinta-feira, segundo reportagens da mídia japonesa.
Uma forma de sorteio vai definir quem serão os sortudos que levarão os ingressos.
Toda a euforia em torno dos ingressos para a Copa esconde alguns conflitos entre Japão e Coréia, rivais históricos. No mês passado, os coreanos se indispuseram com os organizadores japoneses, quando estes disseram que iriam imprimir ``Japão'' na frente de ``Coréia'' nos formulários de pedidos de ingressos impressos em japonês.
``2002 FIFA World Cup Korea/Japan'', impresso em inglês, é o título e a marca registrada da competição, que já está sendo usada pelos patrocinadores oficiais.
Os organizadores japoneses alegam que foi feito um acordo de cavalheiros entre as três partes - Japão, Coréia e Fifa - no qual cada país poderia, em sua própria língua, colocar os nomes dos países na ordem mais conveniente. A Coréia diz que esse acordo não existe.
``É uma pena que isso ocorra em um momento em que as relações entre os dois países vêm melhorando'', disse o torcedor Nakajima.