Porto Alegre - Os advogados do Grêmio trabalham em todas as frentes para garantir o direito de cobrar do Paris Saint-Germain o passe de Ronaldinho Gaúcho. Como medida cautelar, o clube entrou com documentos na Justiça do Trabalho que provam a existência de uma proposta de R$ 28 milhões, em dois anos, para ele renovar contrato.
Segundo Homero Bellini, vice-presidente jurídico do Grêmio, isso impedirá que os advogados do jogador alegue que ele está sendo impedido de exercer sua profissão.
Enquanto isso, no Olímpico, Ronaldinho sofre sanções. O craque chegou duas horas atrasado para o treino de ontem e foi afastado do grupo. O atraso foi interpretado como um sinal de que ele não desejava enfrentar o Figueirense pela Sul-Minas, amanhã, último dia da vigência de seu contrato.
Ronaldinho havia passado o fim-de-semana em Florianópolis, na casa de Eric Lovey, representante da empresa que banca a sua contratação pelo PSG. Voltou no domingo. Ao chegar ao Olímpico, às 11h, disse que não escutara o despertador. " Quem não está com a cabeça no Grêmio não pode jogar aqui. Ronaldinho, agora, é assunto para o departamento jurídico", declarou o vice de futebol, José Germano.
Ronaldinho treinou entre os reservas. Depois, disse que não se sentia constrangido por ser dispensado.
O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, disse que ganha menos de um terço do que os R$ 150 mil mensais que uma revista semanal divulgou. Ele declarou que tem contrato assinado com o Clube dos 13, pelo qual tem direito a um percentual do valor dos contratos de direitos de televisionamento. "Dá uma média entre 40 mil e 50 mil por mês", disse Koff.