Atenas (Grécia) - Uma equipe de inspeção do Comitê Olímpico Internacional (COI) para as Olimpíadas de 2004, em Atenas, fará uma análise minuciosa da segurança quando visitar a Grécia nesta semana.
Um ataque a bomba, que feriu levemente um membro conservador do Parlamento grego, cuja autoria foi atribuída ao grupo guerrilheiro 17 de Novembro, trouxe à tona preocupações com a segurança nos Jogos Olímpicos de 2004.
O coordenador do COI, Jacques Rogge, que chega a Atenas na quinta-feira para a inspeção, mandou uma carta aos organizadores dos Jogos de Atenas, dizendo que gostaria de adicionar a segurança na agenda de questões que ele quer examinar.
Os organizadores gregos emitiram uma nota dizendo que é normal o COI adicionar pontos de discussão de última hora, mas a carta coincide com a publicação de matérias da mídia internacional atacando a negligência dos esforços anti-terroristas da Grécia.
O governo grego não deu ouvidos às reclamações, lembrando que a Grécia já sediou diversos eventos esportivos de âmbito mundial, sem nenhum problema de segurança.
``Nós vamos organizar os Jogos mais seguros'', disse o porta-voz do governo, Telemachos Hytiris.
Os organizadores apresentaram ao COI, em novembro, um plano para criar uma unidade especial de cerca de 35 mil oficiais, como parte da preparação em torno da segurança.
Resta ver se isso vai satisfazer o COI, enquanto o 17 de Novembro atua impune. O grupo terrorista de esquerda já matou 23 pessoas, entre gregos e estrangeiros, desde que surgiu em 1975.
Sua última vítima foi o Adido de Defesa da Embaixada Britânica, Stephen Saunders, morto em junho. Nenhum membro do grupo foi preso até agora.