Rio - O pivô dominicano Vargas reuniu a imprensa
nesta terça-feira para desmentir os boatos de que teria abandonado o Vasco.
O jogador explicou que não viajou para o Chile, onde o time disputa a
primeira fase da Liga Sul-Americana, porque precisou resolver problemas
pessoais em sua fazenda, no interior de Minas, mas confirmou que está
trocando o Vasco
pelo Trotamundos da Venezuela..
“Lamentei ter lido em alguns jornais que eu havia abandonado o
clube. Conversei com o Fernando Lima (vice-presidente de esportes de quadra
e salão) e com o Hélio Rubens (treinador) e eles me liberaram até o último
domingo para resolver problemas particulares referentes à minha fazenda. A
decisão de não viajar não teve nada a ver com a possibilidade de eu não
poder jogar por outro clube na Liga Sul-Americana. Tanto que a proposta que
recebi para mudar de equipe foi do Trotamundos, da Venezuela, que nem
participa da competição”, disse.
Vargas revelou que só aceitou trocar de clube porque considerou a
proposta venezuelana extremamente vantajosa. O pivô assinará um contrato de
dois anos com o Trotamundos, que há várias temporadas tentava tirar o ídolo
vascaíno de São Januário.
“Já havia dito várias vezes que terminaria a minha carreira no
Vasco. Mas não sou nenhum garoto, sou profissional, com família para
sustentar e recebi uma boa oferta. Conversei com o presidente Eurico Miranda
e resolvi tomar esta atitude. Mas o Vasco e o Brasil continuarão fazendo
parte da minha vida”, comentou, ao lado do presidente do Trotamundos, Hernan
Blanco, e de Fernando Lima.
Ao lado de Rogério e Demétrius, Vargas foi um dos primeiros
jogadores a serem contratados quando o Vasco voltou a investir pesado no
basquete, em 1997. No mesmo ano, a equipe masculina foi campeã estadual. O
dominicano ainda conquistou o título carioca de 2000, o bicampeonato da Liga
Sul-Americana e do Campeonato Sul-Americano (1999/2000) e o último
Campeonato Nacional, além de levar o time à decisão do McDonald´s Open
(1999), em Milão, na Itália, contra o San Antonio Spurs, equipe americana
que disputa a NBA.
“Infelizmente, estamos perdendo um dos marcos do basquete do clube,
o capitão, o líder do time. Mas as portas do Vasco estarão sempre abertas
para ele”, lamentou o dirigente Fernando Lima.