Rio - O zagueiro Júnior Baiano disse ter ficado triste com a decisão da Comissão Disciplinar do STJD, que o condenou a 120 dias de suspensão em função do caso de doping na final da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano. Ele voltou a afirmar que está sendo penalizado por uma coisa que não fez.
“Não quiseram ouvir as testemunhas apresentadas pelo Vasco, por isso fui considerado culpado. Com certeza estou sendo vítima, pois não uso cocaína ou qualquer outra droga. De qualquer forma, me sinto tranquilo, com a consciência limpa”, disse.
O jogador acrescentou que está acostumado com os altos e baixos de sua carreira, ressaltando que sempre soube superar os momentos difíceis.
“Vou encarar isso como mais uma barreira a superar. Ainda não sei o que acontecerá na minha volta, mas já fiz muito pelo futebol brasileiro. Ficarei afastado como um jogador machucado”, disse.
Para o advogado Paulo Reis, vice-jurídico do Vasco, Júnior Baiano foi julgado por pessoas que merecem confiança. No entanto, ele também lamentou o fato de as testemunhas de defesa não terem sido ouvidas.
“Meu sentimento é de respeito ao tribunal, pois confio nas pessoas que estão aqui. Mas acho que as pessoas são passíveis de um dia tomar uma decisão errada. Nossas provas não foram devidamente apreciadas, e eram substanciais. Acho que o julgamento deveria ter sido adiado para melhor exame das provas. O jogador é o único prejudicado”, afirmou.