Rio - Mauro Ney Palmeiro, presidente do Botafogo, está
irritado com a atuação do árbitro paulista Cléber Wellington Abade, que
trabalhou na última quarta-feira no jogo contra o Santos, pelas semifinais
do Torneio Rio-São Paulo. No entanto, ele não pretende fazer nenhuma carga
contra ele. Só demonstra preocupação com o árbitro que será escalado para a
partida da próxima quarta-feira, no Estádio da Vila Belmiro, em Santos.
”Só espero que o árbitro carioca que for escalado para este jogo seja
correto. Não quero que ninguém favoreça o Botafogo, mas que se trabalhe com
isenção, sem puxar para qualquer dos lados. Eu fico preocupado com a pressão
que o árbitro possa sofrer em Santos”, declarou o presidente do Botafogo.
Mauro Ney Palmeiro fez muitas críticas a Cléber Wellington Abade.
”Nunca tinha ouvido falar neste árbitro. Aliás, pela escala original, seria
o Edilson Pereira de Carvalho quem iria apitar o jogo. No entanto, ele já
estava designado para trabalhar em jogos da Copa Libertadores. Fomos
surpreendidos e só soubemos da troca da arbitragem no Maracanã”, disse o
dirigente.
Apesar da irritação com a arbitragem, Mauro Ney Palmeiro afirmou que está
otimista.
”O Botafogo costuma se superar em momentos difíceis. Tem sido assim na
história do clube. Acredito que o time possa conseguir a classificação na
Vila Belmiro.”
Mauro Ney ficou mais feliz com o fato de nove jogadores formados no Botafogo
terem ficado à disposição do técnico Sebastião Lazaroni na última
quarta-feira. Destes, Júnior e Daniel começaram a partida e Leandro Eugênio
entrou no segundo tempo.
Com relação aos atrasados, o presidente do Botafogo disse que continua
contando com a possibilidade da antecipação das cotas.
”Os jogadores estão conscientes que precisamos da classificação para termos
os recursos para saldarmos as dívidas com eles. Pagamos um mês e ainda
faltam três. A médio prazo, a solução é diminuir a folha de pagamento -
afirmou Mauro Ney Palmeiro.”