Rio - Realmente, a situação no Vasco não é de extrema leveza. Nesta quinta, a diretoria chegou ao ponto de comunicar a Juninho, o Reizinho de São Januário, que ele passará a treinar em separado do restante do elenco a partir de hoje. Inclusive, em horário diferente.
Juninho se sentiu completamente desmoralizado após receber a ordem. Por tudo que já fez pelo clube e pela enorme identificação que tem com a torcida do Vasco, ele acha que merecia mais respeito. “Não foi uma atitude correta. É claro que não me senti legal quando soube. Deveria continuar treinando normalmente”, desabafou Juninho.
A represália ao jogador é clara. Se o craque continua sem contrato e está proibido de treinar com o grupo, o mesmo deveria estar acontecendo a jogadores como Odvan e Paulo Miranda, que também não tiveram seus contratos renovados, mas ontem mesmo participavam do coletivo entre os reservas.
Juninho aproveitou para se defender do boato de que estaria evitando conversar com a diretoria para dificultar a renovação. “Não é bem assim. O Vasco está atravessando um momento complicado, mas é o clube que tem de tomar uma iniciativa”, disse ele, confidenciando, porém, que as chances de renovação são cada vez menores. “Está muito difícil”.
O jogador confirmou que propostas de dois clubes, dos quais não quis revelar os nomes, estão sendo estudadas pelo seu procurador, Reinaldo Pitta. A imprensa italiana, porém, noticiou nesta semana que o Milan estaria interessado em Juninho. “Não confirmo nem descarto”, limitou-se a dizer o Reizinho.
Por não estar jogando, Juninho acabou ficando fora da lista da Seleção Brasileira, divulgada ontem pelo técnico Emerson Leão. Ao mesmo tempo que lamentou não ter sido convocado, ele se mostrou tranqüilo quanto ao futuro com a amarelinha, graças a uma conversa que teve nos últimos dias. “O Lopes (Antônio Lopes, coordenador da Seleção) conversou comigo esta semana, querendo saber se eu estava treinando. Até esperava ser convocado, mas não estou chateado. Recupero isso mais pra frente”.