Santos - Enquanto a fase dentro de campo é boa, administrativamente o Santos vive mais um período de turbulências. O presidente Marcelo Teixeira garantiu que os salários e direitos de imagem dos jogadores foram pagos (faltando apenas o acerto dos salários de janeiro). Mas os atletas do Peixe desmentem a informação.
“Ainda existem pendências a serem acertadas”, informou o goleiro Fábio Costa para, em seguida, dizer que acredita na palavra da diretoria de que vai quitar as dívidas.
De acordo com a versão dos jogadores do Peixe, apenas os salários foram pago. Os direitos de imagem de novembro, dezembro e janeiro ainda não foram acertados. “Não quero entrar em detalhes de qual o valor total, mas o direito de imagem representa 70% do que ganhamos”, informa Caio.
Com os R$ 800 mil recebidos pelo clube graças à classificação no Torneio Rio-São Paulo, a diretoria pagou os salários de dezembro. De quase todo o grupo, ficaram sem receber os afastados Carlos Germano e Caio e o enfermo Narciso, que se recupera de um transplante de medula.
Germano insinua que conseguiu retirar o dinheiro apenas depois de muita pressão, na quinta à noite. “Faltou um pouco mais de respeito. Eu ainda faço parte do elenco do Santos. Tive que ficar esperando das 10 horas da manhã até as 10 da noite para receber o dinheiro”, reclamou o goleiro.
O caso mais grave é o de Narciso. O volante, por meio de seu procurador, Luiz Alberto Araújo, conseguiu receber apenas ontem à tarde, depois de uma polêmica declaração do gerente administrativo do clube, Dagoberto Fernando do Santos.
“Ele me disse que o dinheiro ia ser usado para pagar os jogadores que estavam atuando e o Narciso não teria feito jus ao salário. No dia seguinte, o Dagoberto desculpou-se dizendo que estava de cabeça quente”, informou o procurador.