Rio - Rodrigo faz parte de uma geração de jogadores do Botafogo que jamais conquistou um título. Contratado no início de 99, junto com Reidner e outros que já abandonaram o clube, o apoiador já esteve perto de levar uma taça para General Severiano durante a final da Copa do Brasil de 99. Não levou. Em um dos dias mais tristes da recente história alvinegra, o Botafogo não passou de um empate em 0 a 0 com o Juventude no Maracanã e perdeu um título dado como ganho.
Um ano e meio depois, esta geração sem títulos recebe uma nova oportunidade de ouro. Na quarta-feira, o Botafogo enfrenta o São Paulo na primeira partida das finais do Torneio Rio-São Paulo em busca de quebrar um jejum de três anos sem taças. Querido pela torcida, Rodrigo, no entanto, sabe que apenas a conquista de um troféu pode imortalizar sua passagem pelo Botafogo.
“Nada marca mais no futebol do que um título. A conquista de um campeonato traz a amizade e o reconhecimento. Fui campeão brasileiro na Série B em 98 pelo Gama e sempre me lembro dos meus companheiros naquela época. Nunca mais vou me esquecer deles. É uma marca que fica”, diz Rodrigo, louco para figurar nos pôsteres de campeão nos quartos dos torcedores a partir do dia 7 de março, data do segundo jogo das finais.
O meia reconhece que já está na hora de deixar esta marca na história do clube. Rodrigo conta que voltou ao Botafogo depois das férias com um sonho e está prestes a realizá-lo na primeira competição do ano. “Quando voltei, vi que já estava mais do que na hora de buscar um título. O Botafogo é um clube grande e merece estar disputando títulos. Esse grupo começou a construir este sonho”, afirmou o meia. “Afinal, sofrer é assistir as finais pela TV.”
Rodrigo acredita que o vice-campeonato na Copa do Brasil diante do Juventude e o quase rebaixamento no Brasileiro de 99 causaram uma desconfiança geral sobre a equipe, mas garante que não restou algum trauma que possa atrapalhar a equipe alvinegra:
“Restou uma enorme decepção, mas trauma não. Existia toda uma descrença sobre este time que foi superada no jogo contra o Santos. Uma desconfiança até justificada porque o time tinha perdido jogos. Na semifinal, provavelmente um em um milhão apostava no Botafogo. Só nós acreditávamos.”
Nem um time às voltas com desfalques e com alguns jogadores recém-saídos da equipe de juniores é motivo para receio na finalíssima. “Aquele jogo contra o Santos, na Vila, foi nota dez como um teste para todos nós. E passamos com louvor”, disse Rodrigo, confiante. “Com o apoio da nossa torcida, temos tudo para chegar lá.”