Rio - Acostumado a enfrentar a marcação dos zagueiros, o atacante Roni foi obrigado no último sábado a ter que superar uma marcação muito pior: a da própria torcida do Fluminense. Ela não perdoou o atacante pelo fato dele ter perdido o quinto pênalti da série contra o São Paulo, que poderia ter classificado o Tricolor à final do Torneio Rio-São Paulo.
“Cada um interpreta o futebol da maneira que quiser. Não sou o melhor jogador do mundo e procuro fazer o que eu sei, que é jogar futebol com simplicidade. Agora, o torcedor faz o que quiser. Se quiser aplaudir, aplaudam. Só sei de uma coisa: não vou mudar minha maneira de jogar por causa de uma vaia ou de um aplauso”, afirmou Roni, que garantiu não ter se abalado com a atitude dos torcedores.
“Estou há muito tempo no futebol para me abater com isso. Até porque as jogadas estão saindo. O máximo que pode acontecer é a torcida ficar rouca”, completou.
O atacante chega a classificar como exagerada a cobrança dos torcedores não só com suas atuações, mas como também com relação ao time do Fluminense. Roni chega a sugerir uma nova maneira de cobrança. “A exigência da torcida está muito grande e cresce a cada dia. Ao meu ver, os torcedores deveriam incentivar durante os noventa minutos, vaiando apenas após o término do jogo. Seria muito mais produtivo”, afirmou o atacante, que no vestiário recebeu o apoio da mulher e da filha Victória Cristina.
Roni agora só quer pensar na grande decisão do próximo fim de semana contra o Flamengo. Ele faz questão de elogiar o adversário, mas acredita que o Fluminense finalmente conseguirá o tão sonhado título da Taça Guanabara.
“Será um jogo muito equilibrado e que será decidido nos detalhes. O Flamengo é um bom time, que sempre cresce muito em decisões. Mas essa vitória contra o Americano nos deu a moral que precisávamos para entrar com tudo contra o rubro-negro. Com certeza, temos todas as condições de vencê-los, saindo do Maracanã com o título”, afirmou.