Rio - O primeiro obstáculo, que era lutar e não conseguir chegar a uma final, foi superado no último sábado. Agora, a principal dor de cabeça do técnico Valdyr Espinosa é com a falta de experiência da equipe nas decisões. Do elenco tricolor, apenas o cabeça-de-área Fabinho e o zagueiro Agnaldo Liz disputaram uma decisão de Taça Guanabara. Foi há exatos seis anos, defendendo as cores do Flamengo, justamente o rival da grande final deste ano.
“Num momento como esse, é fundamental você superar o seu limite, jogar mais do que você está habituado a jogar. Sabemos que o time tem capacidade para vencer o Flamengo. Se tivermos tranqüilidade e evitarmos o nervosismo, com certeza seremos campeões. Chegou a nossa hora e temos de mostrar isso dentro de campo”, afirmou Agnaldo Liz, dando uma prévia do que pretende conversar com os companheiros.
O cabeça-de-área Fabinho tem a palavra chave para que os marinheiros de primeira viagem não cometam deslizes: concentração. “ É fundamental todos estarem muito concentrados não só na hora do jogo, como na semana do clássico. Eu procuro esquecer os problemas particulares e até desligo o celular. Assim fico mais ligado nos detalhes do jogo, o que é essencial. Estes jogos são decididos nos detalhes e o Fluminense perdeu as últimas finais por causa disso. Não podemos cometer o mesmo erro agora”, afirmou Fabinho.
Mas a conversa não se limitará à dupla de jogadores. O técnico Valdyr Espinosa reconhece que, durante esta semana, será dada uma maior atenção à parte psicológica. “Não posso esquecer as partes física, técnica e tática do time. Mas, com certeza, a parte psicológica ocupará um espaço maior do que já teve em outras ocasiões”, disse.
Espinosa sabe que a pressão em cima dos jogadores será grande, mas acredita que eles já passaram pela maior delas. “ Existia uma carga muito grande para que chegássemos a uma final, o que não acontecia há seis anos. Agora a pressão continuará, mas acho que será uma carga diferente. De qualquer maneira, devemos estar preparados para suportá-la”, analisou