Rio - Uma reunião da ASP, marcada para o período de 5 a 7
de março, na Austrália, deve decidir se os surfistas do top-44 serão
liberados para participar de competições nacionais neste ano. A proibição
foi anunciada pelo gerente geral do circuito, o australiano Al Hunt.
“Toda esta polêmica estourou como uma bomba após o comunicado, que alerta
sobre a existência de uma regra que veta esta participação, mas que vinha
sendo tolerada pela ASP há muitos anos”, explicou o presidente da Abrasp,
Roberto Perdigão, em entrevista antes de embarcar para representar o Brasil
e a América do Sul no encontro.
“A prova desta tolerância foi o fato de a própria diretoria da ASP ter
autorizado o atleta Peterson Rosa a abandonar o Pipe Masters de 1999, no
meio da competição, para tentar o bicampeonato brasileiro, fato que acabou
se
concretizando com sua vitória em Garopaba (SC)”, completou.
Perdigão disse que a ASP não quer que o Circuito Mundial seja preterido em
favor de outros torneios, como o SuperSurf, que equivale ao campeonato
brasileiro do esporte. O dirigente afirmou também que a entidade sempre
esteve ciente da participação dos brasileiros na competição.
“Em todas as ocasiões em que os nossos atletas do WCT competiram no Brasil,
a diretoria da ASP foi devidamente informada”, garantiu. Para ele, a atitude
da ASP tem motivos comerciais. “ Eles acertaram um contrato de patrocínio para o Circuito e por isso
precisam resguardar seu maior patrimônio, que são os top-44.”