Rio - A BAR ainda não sabe o que causou o acidente entre Jacques Villeneuve, piloto nº 1 da escuderia, e Ralf Schumacher, da Williams, na quinta volta do GP da Austrália. A batida causou a morte de um fiscal da prova, atingido por um pneu que se soltou do carro do canadense.
“Não há o que dizer a respeito desta fatalidade, já que não sabemos exatamente o que aconteceu. Esperávamos estar comemorando um grande resultado agora”, declarou o chefe da equipe, Craig Pollock, durante a coletiva após o GP de abertura da temporada 2001.
“Todos temos consciência de que a F-1 é um esporte bastante perigoso. Esta é a dura realidade. Infelizmente, não podemos fazer nada até que analisemos os fatos”, continuou Pollock, garantindo que a BAR vai colaborar com as investigações.
Villeneuve, por sua vez, acabou assumindo a culpa pelo choque, explicando que demorou para decidir por qual lado tentaria a ultrapassagem sobre Ralf. “Quando resolvi ir pela esquerda, era tarde demais e não consegui frear”.
Ralf, que já havia se envolvido em um acidente semelhante com o piloto da BAR no GP do Canadá no ano passado, preferiu não criar polêmica, limitando-se a descrever o que aconteceu. “Eu estava por dentro e não mudei minha trajetória. Brequei, senti um impacto na traseira e vi Villeneuve voando sobre mim. Rodei e acabei batendo. Estou muito triste com a morte de um homem que estava ali para nos proteger. Minhas sinceras condolências à família dele e a seus amigos mais próximos”.
A batida interrompeu o GP australiano por 12 voltas. O comissário morto tinha 52 anos.