Rio - A FIA (Federação Internacional de Automobilismo)
anunciou nesta quarta-feira que vai monitorar o rendimento dos carros de F-1
nos próximos dois GPs da temporada deste ano. A idéia é utilizar as provas
da Malásia (18/3) e do Brasil (1º/4) para verificar se o novo regulamento da
categoria, que visava deixá-la mais lenta, está surtindo o efeito desejado.
”Se chegarmos à conclusão de que, ao contrário do que pretendíamos, as
mudanças estejam aumentando a velocidade das máquinas, então introduziremos
novas medidas para atingirmos nosso objetivo inicial”, explicou o porta-voz
da entidade, Francesco Longanesi.
De fato, o que se observou durante o GP da Austrália, no último fim de
semana, foi que os carros estariam mais velozes em relação ao ano passado. O
tempo da pole position conquistada por Michael Schumacher, por exemplo, foi
3s5 mais baixo do que a marca registrada em 2000 por Mika Hakkinen. Para
reduzir a velocidade na F-1 nesta temporada, a FIA impôs uma série de novas
regras que fizeram com que o rendimento dos motores caísse nas curvas, mas
aumentasse nas retas. Segundo Longanesi, é esta diferença que pode estar
fazendo com que a categoria esteja mais rápida.
Antes do início do Mundial, o presidente da entidade, Max Mosley, chegou a
sugerir que outras mudanças fossem acrescidas ao regulamento, como o aumento
dos sulcos nos pneus. Se depois de observar o comportamento dos carros em
Sepang e Interlagos a FIA concluir que não atingiu a meta estabelecida no
fim da temporada passada, as alterações devem ser incluídas até o meio do
ano.