Rio - A diretoria do Flamengo enviou nota oficial à imprensa desmentindo a reportagem feita pelo "Ataque", suplemento esportivo do jornal "O Dia", de que o balanço financeiro do clube no ano 2000 apresenta uma dívida de R$ 203 milhões, R$ 70 milhões a mais do que no ano anterior. Além de esclarecer os números, a diretoria anunciou que vai cobrar na Justiça prova das informações publicadas e reciprocidade do mesmo espaço.
Sobre o valor publicado de R$ 40.411.860 do passivo exigido a longo prazo, o Flamengo esclarece que refere-se ao parcelamento das dívidas com o FGTS e à inclusão do clube no Programa Refis, criado pelo Governo Federal para pagamento de dívidas pendentes. E que no ano anterior esses números pertenciam ao Passivo Circulante.
O adiantamento da ISL, que, segundo a reportagem subiu de R$ 25.346.638 para R$ 74.915.541, também é contestado. Segundo o clube, a primeira quantia foi quitada. Já o crescimento citado corresponde a investimentos em obras, contratação de atletas e quitação de dívidas contraídas até 31 de dezembro de 1999. Conforme contrato assinado com a ISL, o valor será quitado com lucros futuros e, por conseqüência, se transformarão em Patrimônio Líquido.
A diretoria, que contratou a auditoria externa da empresa Delloite para fazer auditoria interna das contas, afirma que o Passivo Circulante sofreu redução de 17%, passando de R$ 106.314.112 para R$ 88.367.288.
Os R$ 37.422.481 citados como Prejuízo Operacional são, segundo o clube, registros contábeis, e não saída de caixa. O Flamengo, então, divulga que descontando R$ 1.878.805 de depreciações, R$ 17.714.000 de amortizações de passes e R$ 20.000.000 de despesas, há um lucro financeiro de R$ 2.170.324.