Rio - O destino preparou algumas surpresas para Léo. Quando trocou o Bangu pelo Madureira, em 1996, ele levou um susto ao saber que o bisavô Isaías havia defendido o clube tricolor suburbano. A coincidência não parou por aí e, assim como o ex-craque na década de 40, o menino foi parar em São Januário.
Uma das maiores esperanças do Vasco, Léo recebe freqüentemente elogios do técnico Joel Santana. E, para vencer no clube, tenta encontrar inspiração na promissora carreira do bisavô, interrompida por uma pneumonia que o levou à morte aos 25 anos.
“É bom saber que as pessoas respeitam o meu bisavô. É verdade que poucos que o viram jogar ainda estão vivos, mas quem conhece a história do futebol sabe quem ele foi”, comenta o apoiador, que começou no salão, dizendo que a bisavó Isabel não costuma assistir aos seus jogos. “Ela fica muito emocionada porque vê o bisneto e se lembra do marido”.
Mas por pouco Léo, declarado torcedor do Vasco, não negou as origens e foi para o Flamengo. Um amigo do pai havia deixado tudo praticamente acertado na Gávea, mas o contrato em vigor com o Madureira atrapalhou a negociação. Assim como Isaías, que foi para São Januário com Jair Rosa Pinto e Lelé, Léo não saiu do clube tricolor sozinho: “Quando Souza e eu fomos contratados, um só conhecia o outro. O início foi muito difícil, mas aos poucos fui me adaptando e hoje falo com todo mundo”.
E Léo parece mesmo à vontade no Vasco. Uma das primeiras opções de Joel, ele tem entrado quase sempre durante as partidas e garante que a reserva não lhe angustia: “Não tenho pressa. Sei que a minha hora vai chegar”.